segunda-feira, 4 de abril de 2016

Habilitações oferecidas pela UFRN

A UFRN conta com uma gama de parceiros nas esferas municipais, estaduais e federais que oferecem vagas de estágios para os alunos  que estão cumprindo os estágios supervisionados I e II. Alem de também contar com um preparo prévio  para a inserção em um laboratório dentro da própria universidade  através das disciplinas laboratório clinico I e laboratório clinico II, com ênfase em Análises clínicas, Hematologia, Parasitologia, Uranalise e Microbiologia. As habilitações oferecidas pela UFRN são: Banco de Sangue, Analises Clinicas, Microbiologia e Imagenologia, e o aluno devera cumprir 540 horas de estagio para obter cada habilitação. As instituições parceiras que estão oferecendo estágio nesse semestre são : Hemonorte, Hospital Giselda Trigueiro, Hospital Pediatrico Maria Alice Fernandes, Lacen-RN, Hospital Universitário Ana Bezerra, Hospital Universitário Onofre Lopes, Maternidade Escola Januario Cicco, Centro Clinico Doutor Jose Carlos Passos, Hemolab, Hospital do Coração, Liga norteriograndense contra o câncer, laboratório DNA center e Hemovida.

domingo, 3 de abril de 2016

Legislação

 



Classificação MEC e ENADE para Biomedicina





Critérios de Avaliação

Durante o processo de avaliação, os coordenadores das graduações preenchem um questionário eletrônico com dados específicos sobre o curso, como titulação do corpo docente e produção científica. Em seguida, estas informações são repassadas a pareceristas – docentes, coordenadores de curso, diretores de departamento e avaliadores do Ministério da Educação (MEC) que possuem currículo cadastrado na Plataforma Lattes e constam do Banco de Avaliadores do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (BASis). Estes profissionais classificam os cursos conforme os conceitos excelente, muito bom, bom, regular, ruim e “prefiro não opinar”.

Após esta avaliação, é calculada a média dos conceitos que cada curso recebeu. Para isso, desde 2007, também são consideradas as avaliações dos últimos cinco anos realizadas pelo Guia do Estudante. Como resultado final, cada curso avaliado recebe um conceito.



Áreas de atuação do Biomédico

  Olá pessoal!!! Hoje vamos falar um pouco sobre algumas das áreas de atuação da biomedicina. Esperemos que gostem do post e fiquem a vontade para fazer qualquer pergunta...


1) Análises clínicas

– Realizar exames de Análises Clínicas;
– Assumir a responsabilidade técnica e firmar os respectivos laudos;
– Assumir e executar o processamento de sangue, suas sorologias e exames pré e pós-transfusionais;
– Assumir chefias técnicas, assessorias e direção destas atividades.


2) Análises ambientais

– Realizar análises físico-químicas e microbiológicas para o saneamento do meio ambiente;
– Assumir responsabilidade técnica pelo tratamento de água e de efluentes;
– Realizar relatórios técnicos, perícias, consultorias e assinar os laudos.


3) Análises bromatológicas

– Realizar análises para aferição de qualidade dos alimentos;
– Assumir as atividades de responsabilidade técnica bromatológica de produtos alimentares;
– Realizar relatórios técnicos, perícias, consultorias e assinar os laudos.


4) Biologia molecular

– Realizar coleta de materiais, análise, interpretação, emissão e assinatura de laudos e de pareceres técnicos.


5) Genética

– Participar de pesquisas em todas as áreas da genética, como coordenador ou membro da pesquisa;
– Realizar exames de citogenética humana e genética humana molecular (DNA), realizando as culturas, preparações citológicas e análises;
– Assumir a responsabilidade técnica, elaborando e firmando os respectivos laudos e transmitindo os resultados dos exames laboratoriais a outros profissionais, como consultor, ou diretamente aos pacientes, como aconselhador genético.


6) Reprodução humana

– Atuar em identificação e classificação oocitária; processamento seminal; espermograma; criopreservação seminal; classificação embrionária; criopreservação embrionária; biópsia embrionária e Hatching;
– Atuar em embriologia; realizar a manipulação de gametas (oócitos e espermatozóides) e pré-embriões;
– Atuar em banco de sêmen.


7) Citologia oncótica

– Realizar colheita de material cérvico-vaginal e análise das amostras;
– Analisar material celular e afim de produto de Punção Biópsia Aspirativa por Agulha Fina (PAAF), excluído ato de colheita;
– Realizar a análise de amostras de produto de raspados, escovados, aspirados de qualquer sítio corpóreas, através da metodologia e colorações padronizadas;
– Realizar análise de material celular e de tecido, por técnicas de imunohistoquímica, imunocitoquímica e biologia molecular, incluso a responsabilidade do respectivo laudo;
– Assumir responsabilidade técnica, firmando os respectivos laudos.
– Assumir gestão e coordenação em programas de controle de qualidade interno e externo em serviços públicos e privados em âmbito nacional;
– Assumir gestão e coordenação em programas públicos de prevenção e diagnóstico citológico em âmbito nacional.


8) Banco de sangue

– Executar o processamento de sangue e suas sorologias;
– Realizar exames pré e pós transfusionais;
– Assumir chefias técnicas, assessorias e direção de unidades transfusionais, banco de células de cordão umbilical, bancos de células para transplantes de medula autólogos e heterólogos, bancos de células-tronco e de banco de órgãos.
– Manusear equipamentos de auto-transfusão;
Poderá exercer todas as atividades inerentes a este campo, com exceção do ato transfusional. A responsabilidade técnica deve ficar a cargo de um médico especialista em Hemoterapia e/ou Hematologia.


9) Acupuntura

– Realizar atendimento em consultório voltado à atividade e procedimentos de acupuntura tradicional e moderna.
– Realizar e aplicar o diagnóstico energético (complementar ao diagnóstico clínico nosológico);
– Aplicar procedimentos técnicos para promoção do equilíbrio energético – orgânico;
– Coordenar e exercer atividades ligadas à docência e pesquisa.


10) Imagenologia

– Atuar em tomografia computadorizada (TC), ressonância magnética (RM), medicina nuclear (MN), radioterapia (RT), ultra-sonografia (USG) e radiologia médica, excluída a interpretação de laudos. No que se refere à tomografia computadorizada e à Ressonância Magnética, as áreas mais significativas são:
* Operação de equipamentos;
* Desenvolvimento de protocolos de estudo e examinação;
* Desenvolvimento de novas técnicas;
* Coordenação de grupos de colaboradores, administração e gestão de conteúdo e contingente dos setores.
– Atuar em exame de ultra-sonografia. Por ser um exame praticamente médico dependente (o laudo será elaborado pelo executante do exame) há poucos biomédicos atuando neste seguimento quando comparado a TC e RM;
– Atuar no campo da informática médica, exercendo atividades no produto final dos exames, seja o conteúdo de dados ou armazenamento das imagens adquiridas.
         Os sistemas HIS (Hospital Information System), RIS (Radiology Information System) e PACS (Picture Archiving in Communication System) estão sendo implantados nos centros de diagnósticos e necessitam de profissionais Biomédicos para atuar neste seguimento.


11) Habilitações para atuação em docência e pesquisa

         O Biomédico com habilitação em docência e pesquisa poderá exercer a docência em instituições de ensino em disciplinas na qual o mesmo tenha sido capacitado.
         O Biomédico também poderá ser responsável por pesquisas na área na qual o mesmo for habilitado e em pesquisa clinica em hospitais e em instituições de ensino, cursado como: Biofísica, Virologia, Fisiologia, Fisiologia Geral, Fisiologia Humana, Farmacologia, Psicobiologia, Embriologia e Histologia.


12) Microbiologia dos alimentos

         Realizar análises microbiológicas para a indústria alimentícia, restaurantes, cozinhas industriais, coletando materiais, fazendo correlação com microorganismos patogênicos que normalmente contaminam alimentos mau processados e/ou conservados.
         Assumir as atividades de responsabilidade técnica, realizar relatórios técnicos, perícias, consultorias e assinar os laudos.


13) Toxicologia

         Atuar nas áreas Forense, Ambiental, Analítica, Ocupacional e Experimental as quais tem como objeto de estudo os efeitos adversos das substâncias químicas sobre os organismos. Apresenta como principais atividades a quantificação dos agentes toxicantes em diversas matrizes, sendo estas biológicas (sangue, urina, cabelo, saliva, vísceras, etc.) ou não (água, ar, solo).


14) Perfusão

         O apoio às cirurgias cardíacas também pode ser realizada por biomédicos especialistas em circulação extracorpórea (C.E.C.), quando o coração precisa parar de bater e o sangue do paciente é desviado para um aparelho que substitui este órgão durante a cirurgia. Assim, o Perfusionista (como é chamado o profissional da CEC), realiza o procedimento e monitora seus parâmetros, tais como a oxigenação, temperatura, pressão arterial, volemia e a coagulação sanguínea. O biomédico para atuar nesta área deve possuir título de especialista em Circulação Extracorpórea emitido pela Sociedade Brasileira de Circulação Extracorpórea e estar habilitado pelo CRBM.


15) Saúde pública

         O objeto de investigação e práticas da Saúde Coletiva compreende as seguintes dimensões:
         O estado de saúde da população ou condições de saúde de grupos populacionais específicos e tendências gerais do ponto de vista epidemiológico, demográfico, sócio-econômico e cultural; os serviços de saúde, enquanto instituições de diferentes níveis de complexidade (do posto de saúde ao hospital especializado), abrangendo o estudo do processo de trabalho em saúde, a formulação e implementação de políticas de saúde, bem como a avaliação de planos, programas e tecnologias utilizada na atenção à saúde; o saber sobre a saúde, incluindo investigações históricas, sociológicas, antropológicas e epistemológicas sobre a produção de conhecimentos nesse campo e sobre as relações entre o saber “científico” e as concepções e práticas populares de saúde, influenciadas pelas tradições, crenças e cultura de modo geral.
         O Profissional habilitado está apto para atuar na identificação, elaboração e implantação de projetos e programas que promovam o equilíbrio da saúde e bem estar da população em geral.


16) Sanitarista

         O Profissional habilitado está apto para atuar nas mesmas áreas da Saúde Pública, com ênfase nos departamentos de Vigilância Sanitária, Epidemiológica e Zoonoses.
         É a habilitação que melhor capacita o profissional a desenvolver, implementar e Gerenciar Planos de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde (PGRSS).


17) Biomedicina estética

         A Biomedicina Estética é uma nova área na biomedicina na qual são utilizados métodos e técnicas invasivas não-cirúrgicas, desenvolve e aplica os tratamentos para as disfunções estéticas corporais, faciais e envelhecimento fisiológico relacionados à derme e seus anexos, tecido adiposo e metabolismo.        A Biomedicina Estética cuida da saúde, bem-estar e beleza do paciente, levando os melhores recursos da saúde relacionados ao seu amplo conhecimento para o tratamento e recuperação dos tecidos e do organismo como um todo.


18) Informática de saúde

         A Saúde é uma das áreas onde há maior necessidade de informação para a tomada de decisões. A Informática Biomédica é o campo científico que lida com recursos, dispositivos e métodos para otimizar o armazenamento, recuperação e gerenciamento de informações biomédicas. O crescimento da informática como uma disciplina deve-se, em grande parte, aos avanços nas tecnologias de computação e comunicação, à crescente convicção de que o conhecimento médico e as informações sobre os pacientes são ingerenciáveis por métodos tradicionais baseados em papel, e devido à certeza de que os processos de acesso ao conhecimento e tomada de decisão desempenham papel central na medicina moderna.
         O profissional biomédico está apto a atuar nos segmentos dos Sistemas de Informação em Saúde, Prontuário Eletrônico do Paciente, Telemedicina, Sistemas de Apoio à Decisão, Processamento de sinais biológicos, Processamento de Imagens Médicas, Internet em Saúde, Padronização da Informação em Saúde.


19) Auditoria
                                                                                              
         O profissional está apto a atuar no controle da execução, para verificar sua conformidade com os padrões estabelecidos ou detectar situações que exijam maior aprofundamento; avaliação da estrutura dos processos aplicados e dos resultados alcançados, para aferir sua adequação aos critérios e parâmetros exigidos de eficiência, eficácia e efetividade. O campo de trabalho está diretamente ligado aos processos de certificação e acreditação para laboratórios de análises clínicas, indústrias e hospitais.
         O profissional também está habilitado a executar auditorias de contas hospitalares.
         O segmento de análises clínicas é o mais procurado. No Brasil, aproximadamente 80% dos profissionais trabalham no setor, sendo certo que a Lei nº 6.686 de 11 de setembro de 1979 atribuiu ao profissional biomédico legitimidade para o exercício das atividades de análises clínico-laboratoriais.


Clique aqui e confira a legislação do profissional biomédico.




Habilitações em Biomedicina


        A Biomedicina com amplo campo de atuação possui diversas habilitações que qualificam seu profissional a prática de tais funções. O conselho reconhece 36 habilitações sobre as quais o profissional pode optar para sua atuação. Aqui vamos mostrar quais são. Posteriormente falaremos um pouco mais sobre algumas.


1) Acupuntura
2) Análise Ambiental
3) Análises Bromatológicas
4) Auditoria
5) Banco de Sangue
6) Biofísica
7) Biologia Molecular
8) Biomedicina Estética
9) Bioquímica
10) Citologia Oncótica
11) Embriologia
12) Farmacologia
13) Fisiologia
14) Fisiologia Geral
15) Fisiologia Humana
16) Genética
17) Hematologia
18) Histologia Humana
19) Histotecnologia Clínica
20) Imunologia
21) Imagenologia (exceto interpretação)
22) Informática de Saúde
23) Microbiologia
24) Microbiologia de Alimentos
25) Monitoramento Neurofisiológico Transoperatório
26) Parasitologia
27) Patologia
28) Patologia Clínica (Análises Clínicas)
29) Perfusão
30) Psicobiologia
31) Radiologia
32) Reprodução Humana
33) Sanitarista
34) Saúde Pública
35) Toxicologia
36) Virologia

sábado, 2 de abril de 2016

Pesquisador comenta sobre a carreira de biomédico

Alexandre Pereira, pesquisador do Instituto Butantan, fala sobre o curso e a carreira de Biomedicina




Os biomédicos são responsáveis por dar contribuições valiosas para o avanço das pesquisas científicas. Heróis de jaleco branco, como são chamados por muitos, esses profissionais estudam doenças e buscam curas para ajudar pessoas. Como é o caso de Alexandre Pereira, doutor em Biotecnologia pela Universidade de São Paulo. Pereira lidera um time de especialistas que desenvolve tratamentos para o câncer usando toxinas de serpentes, no Instituto Butantan. Ele contou para o GUIA DO ESTUDANTE como é seu dia a dia e as oportunidades que existem no mercado de trabalho para quem faz Biomedicina.

Opção certeira

            Alexandre Pereira escolheu a Biomedicina ainda na adolescência e nunca se arrependeu da decisão: “me sinto realizado com o meu trabalho”. Sua paixão pela profissão começou já na faculdade, quando se envolveu com o Projeto Rondon, que faz até hoje atendimentos na área de saúde a populações carentes das periferias do Brasil.
            Quando se formou, em 1979, Pereira se voltou para a área de pesquisa. Participou da primeira turma de estagiários do Instituto Butantan, referência mundial em pesquisa biomédica no mundo. Depois de alguns anos, prestou concurso público para trabalhar no local e está lá até hoje.

A rotina de um biomédico

            O dia a dia de um biomédico é voltado à pesquisa. O profissional é responsável por identificar, classificar e estudar os microrganismos causadores de enfermidades e por procurar medicamentos e vacinas para combatê-las. Pode fazer também exames e interpretar os resultados de análises para diagnosticar doenças e análises para verificar contaminações em alimentos.
            No caso de Alexandre Pereira, além da dedicação à pesquisa, ele também coordena os alunos que fazem iniciação científica no Instituto Butantan, com linhas de pesquisa voltadas à genética. Sua principal linha de pesquisa atualmente é o desenvolvimento de tratamento para o câncer através de toxinas de serpentes. “Os alunos acabam se interessando e damos oportunidade de eles desenvolverem esses trabalhos com a gente”, conta Pereira.
            Essa pesquisa é feita em duas frentes, in vitro e in vivo, como explica o pesquisador. A primeira, in vitro, é realizada com o cultivo de células, com testes de toxinas em células com tumor e sem tumor. Ao mesmo tempo, a ação das toxinas é analisada nas células de camundongos, a chamada técnica “in vivo”. “Essa rotina envolve vários testes e reagentes biológicos que desenvolvemos de acordo com protocolos que pesquisamos e que já existem na literatura”, diz Pereira. A partir desses experimentos, são feitas as análises dos resultados. “Ensinamos o cultivo de células, o manuseio de animais de laboratório e as normas de biossegurança. É uma rotina bastante complexa, que tentamos passar sempre da maneira mais íntegra”, comenta o biomédico.

Mercado de trabalho

            O biomédico pode trabalhar em hospitais, laboratórios e órgãos públicos de saúde, fazendo pesquisas e testes. Também pode atuar em parceria com bioquímicos, biólogos, médicos e farmacêuticos.
            Segundo Pereira, existe um campo de atuação bem promissor para o formado em Biomedicina nas áreas de conservação do meio ambiente, envolvendo o saneamento ambiental e o tratamento de águas e solo poluídos. “Muitas indústrias estão investindo nessas áreas para se adequar às novas legislações de proteção à natureza”, lembra o especialista.
            Além da área de sustentabilidade, outro campo promissor é o de pesquisas que envolvem as células tronco. “É um campo novo, no qual muitos estudos são necessários, já que o leque de possibilidades que essas células oferecem em benefício da saúde é muito extenso”, justifica o biomédico. O setor envolve alta tecnologia e o estudante pode se destacar no mercado de trabalho ao se dedicar a pesquisas envolvendo esse tipo de célula e o DNA.




Fonte: 
Guia do Estudante (21/03/2016)

XV Congresso Brasileiro de Biomedicina e o III Congresso Internacional de Biomedicina



Associação Brasileira de Biomedicina (ABBM) juntamente com a Associação Sul-Brasileira de Biomedicina (ASBBM) realizará o XV Congresso Brasileiro de Biomedicina e o III Congresso Internacional de Biomedicina no período de 19 a 22 de outubro de 2016, no Parque de Eventos da FUNDAPARQUE, cidade de Bento Gonçalves/RS. Com o objetivo de promover a troca de informações e atualizações na área da saúde e abrangendo todas as 36 áreas de atuação da Biomedicina, contemplando o ensino, a pesquisa e a área diagnóstica.

Esta é a primeira vez que realizamos um Congresso Brasileiro e Internacional de Biomedicina na região Sul do Brasil. Tendo em vista a consolidação da Biomedicina, hoje com mais de 300 cursos de implantados em todo Brasil, pretendemos fortalecer a profissão e o evento trazendo profissionais de todo país bem como de diversos países da América do Sul. O evento contará com presença de palestrantes regionais e nacionais ilustres, bem como de convidados especiais de vários outros países como: África do Sul, Argentina, Chile, Estados Unidos e Uruguai, entre outros a serem confirmados, visando trazer o máximo de informação e atualização em todas as áreas de abrangência da Biomedicina.

O Congresso Brasileiro é realizado a cada dois anos com sede em diferentes regiões do País. Esta será uma grande oportunidade para discutirmos os rumos da Biomedicina do Brasil e também das profissões equivalentes dos demais países das Américas. Um destaque do evento será a realização do Simpósio de Controle de Infecção Relacionada à Assistência à Saúde, com enfoque em resistência bacteriana, onde os representantes das Secretarias da Saúde do Estado serão convidados a participarem. Teremos ainda provas de títulos de especialistas para os profissionais que atenderem aos pré-requisitos da ABBM e várias outras atividades paralelas como: reuniões dos Sindicatos, Associações, plenária do Conselho Federal e do Conselho Regional e participação especial da Sociedade Brasileira de Análises Clínicas (SBAC) e do Programa Nacional de Controle de Qualidade (PNCQ) que contribuirão para a formação de auditores externos e de preparação de laboratórios clínicos para acreditação. O CBBM contará ainda com a colaboração das diversas instituições de ensino que mantém o curso de Biomedicina.

Todo esse empenho faz deste o maior evento da área da Biomedicina na América do Sul, onde se estima a participação de mais de 4000 congressistas e mais de 150 palestrantes, portanto, reserve em sua agenda a semana de 19 a 22 de outubro de 2016 para estar conosco.

A Biomedicina no Brasil - UFRN

 
Nessa segunda parte iremos falar um pouco da história da biomedicina dentro da UFRN. Então boa leitura.


               O curso de Biomedicina da UFRN foi criado em 2002 , através de uma proposta de retomada de um curso que substituísse a então extinta modalidade medica do Curso de Ciências Biológicas, para isso, uma comissão formada por cinco professores do Centro de Biociências elaborou uma proposta de estrutura curricular com o nome de Bacharelado em Biomedicina e encaminhou para o Conselho de Ensino Pesquisa e Extensão (CONSEP), onde foi aprovado neste mesmo ano. Foram abertas 30 vagas em turno integral no vestibular de 2003. A concorrência do curso no primeiro vestibular oferecido foi acima do esperado, superando cursos tradicionais da área de saúde.
          O curso de Biomedicina conta com 35 habilitações, sendo elas :Patologia Clínica (Análises Clínicas), Biofísica, Parasitologia, Microbiologia, Imunologia, Hematologia, Bioquímica, Banco de Sangue, Virologia, Fisiologia, Fisiologia Geral, Fisiologia Humana, Saúde Pública, Radiologia, Imagenologia, Análises Bromatológicas, Microbiologia de Alimentos, Histologia Humana, Patologia, Citologia Oncótica, Análise Ambiental, Acupuntura, Genética, Embriologia, Reprodução Humana, Biologia Molecular, Farmacologia, Psicobiologia, Informática de Saúde, Histotecnologia Clínica, Toxicologia, Perfusão Extracorpórea, Sanitarista, Auditoria e Biomedicina Estética. Sendo quatro delas oferecidas pela UFRN atualmente : Banco de Sangue, Imagenologia, Microbiologia e Análises Clínicas.



A Biomedicina no Brasil - A origem

Quando surgiu a Biomedicina? Como foi criada? Quando foi reconhecida como profissão de nível superior? Esse post vai sanar algumas dessas perguntas levando você, leitor, a viajar pela origem da profissão. Iremos dividir essa história em dois momentos: o primeiro post abordará a história da profissão de uma perspectiva nacional, o segundo terá seu enfoque na origem do curso da UFRN. Boa leitura.

         

     Em 1950, na segunda Reunião Anual da Sociedade Brasileira para Progresso da Ciência, realizada em Curitiba, foram apresentadas pelo Prof. Leal Prado, num simpósio sobre seleção e treinamento de técnicos (Cf. Ciência e Cultura 2, 237, 1950), as idéias básicas que deveriam orientar os cursos de graduação e pós-graduação em Ciências Biomédicas. Posteriormente, em dezembro de 1950, foi convocada uma reunião pelos Profs. Leal Prado de Carvalho e Ribeiro do Vale, para discutir o assunto, em que participaram representantes da Escola Paulista de Medicina, da Universidade de São Paulo, do Instituto Butantã e do Instituto Biológico.
         O objetivo do curso de Biomedicina era o de formação de profissionais biomédicos para atuarem como docentes especializados nas disciplinas básicas das escolas de medicina e de odontologia, bem como de pesquisadores científicos nas áreas de ciências básicas, e com conhecimentos suficientes para auxiliarem pesquisas nas áreas de ciências aplicadas.
      Com a federalização da Escola Paulista de Medicina (EPM) e com a entrada em vigor da Lei 4024 de 1961, que estabelecia as Diretrizes e Bases da Educação Nacional o Regimento da Escola Paulista de Medicina foi modificado, sendo aprovado pelo então Conselho Federal de Educação em 8 de julho de 1965.
       Partindo-se da convicção de que existia um mercado nacional para tais especialistas, o Conselho Departamental da EPM tratou de obter condições para colocar em funcionamento o curso de graduação, o de mestrado e o de doutorado em Ciências Biomédicas que, em linhas gerais, se destinaria à preparação de especialistas, pesquisadores e docentes neste campo das ciências.
        Terminada a 4ª série do curso de graduação, o aluno poderia seguir carreira não universitária, trabalhando em indústrias de fermentação, alimentação, farmacêutica, laboratórios de análises biológicas e de controle biológico, institutos biológicos e laboratórios de anatomia patológica.
       Por meio do Parecer nº 571/66 do extinto Conselho Federal de Educação, estabeleceu-se o mínimo de conteúdo e de duração dos currículos de bacharelado em Ciências Biológicas – Modalidade Médica, exigíveis para admissão aos cursos de mestrado e doutorado no mesmo campo de conhecimento, a serem credenciados por este Órgão.
       De acordo com este Parecer, ficam determinadas as atividades nos trabalhos laboratoriais aplicados à Medicina, existindo, de outra parte, amplo mercado de trabalho para pessoal cuja formação inclua sólida base científica, que tenha o comportamento e espírito crítico amadurecidos, de preferência no convívio universitário, e que pretenda dedicar-se à realização de tarefas laboratoriais vinculadas às atividades médicas. A aparelhagem necessária a essas tarefas se tornou cada vez mais complexa, e a sua substituição por equipamento mais aperfeiçoado ocorreu ao fim de prazos cada vez menores.
           Os encarregados desses trabalhos, por isso mesmo, não poderiam ser simples operadores que desconhecessem os fundamentos científicos do que estavam realizando. Para a formação de pessoal com essas características, o extinto Conselho Federal de Educação atendeu à solicitação de várias escolas médicas do País, fixando no Parecer nº 571/66 e, posteriormente, no Parecer nº 107/70, de 4 de fevereiro, os mínimos de conteúdo e de duração dos cursos de bacharelado em Ciências Biológicas - modalidade médica.
          Rapidamente, após a publicação do Parecer nº 571/66, houve a implantação do primeiro curso na Escola Paulista de Medicina em março de 1966, (com aula inaugural ministrada pelo Prof. Leal Prado, quase 16 anos após a apresentação inicial da idéia), e na Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), novos cursos, (então com os nomes de Ciências Biológicas - Modalidade Médica ou Biologia Médica) tiveram início, em 1967, na Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (USP) e Faculdade de Ciências Médicas e Biológicas de Botucatu (UNESP), em 1970 na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras Barão de Mauá, (atual Centro Universitário Barão de Mauá),em Ribeirão Preto.
       Esses cursos, criados entre 1965 e 1970 tiveram seus alunos egressos rapidamente absorvidos nas disciplinas básicas de suas próprias faculdades, ou então em outras escolas de medicina públicas ou particulares.
            Porém, com exceção dessas áreas, embora formado em curso reconhecido, o egresso encontrava sérias dificuldades para inserção no mercado de trabalho, visto que a profissão de Biomédico ainda não era regulamentada em lei e os exames laboratoriais, embora sem exclusividade legal, eram realizados por médicos e farmacêuticos-bioquímicos.
          A árdua luta para regulamentar a profissão inicia-se com a participação efetiva das escolas Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras Barão de Mauá (atual Centro Universitário Barão de Mauá), Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Santo Amaro (atual Universidade de Santo Amaro – UNISA), Universidade de Mogi das Cruzes e Universidade Federal de Pernambuco, envolvendo seus diretores, alunos e egressos.
     A atuação dos biomédicos junto aos órgãos governamentais (Ministério da Educação, Ministério do Trabalho), à classe política (Câmara dos Deputados e Senado Federal) e a busca dos seus direitos culminou na Exposição Interministerial (Saúde, Educação, Trabalho), que elaborou o Projeto de Lei nº 1660/75. Foi realizado um árduo trabalho na Câmara dos Deputados por formados, acadêmicos e instituições de Biomedicina.       O referido projeto foi aprovado na Câmara dos Deputados, com emendas, e no Senado Federal foi substituído pelo de número 101/77, do então senador Jarbas Passarinho, o qual possibilitava, além da regulamentação da profissão de Biomédico, a profissão de Biólogo.
            Por exigência de forças contrárias, foram introduzidas modificações no texto do documento, limitando muito o espectro de atividades do profissional Biomédico. Diante da situação difícil em que se encontrava a categoria, os líderes do movimento não tiveram outra opção senão aceitar a imposição, saindo de uma discussão na esfera política para entrar na esfera judicial, junto ao Poder Judiciário (Supremo Tribunal Federal).
            O resultado fez com que a categoria surgisse forte e coesa, vendo sua pretensão materializada nas Leis 6684/79, 6686/79 (e sua posterior alteração com a lei 7135/83, que permitiu a realização de análises clínicas aos portadores de diploma de Ciências Biológicas – Modalidade Médica, bem como aos diplomados que ingressaram no curso em vestibular realizado até julho de 1983); Decreto 88.394/83, que regulamentou a profissão e criou o Conselho Federal de Biomedicina; e a Resolução nº 86 do Senado Federal, de 24 de junho de 1986, ratificando acordo realizado no Supremo Tribunal Federal, assegurando definitivamente o direito do profissional Biomédico de exercer as análises clínico-laboratoriais.
             O Decreto nº 90.875, de 30 de janeiro de 1985, a que se refere a Lei 5.645, de 10 de dezembro de 1970. Art. 1º, incluiu no Grupo “Outras Atividades de Nível Superior”, estruturado pelo Decreto nº 72.493, de 19.07.1973, com as alterações posteriores, a Categoria Funcional de Biomédico.
            Em 16 de junho de 1988, a Portaria nº 1.425, da Secretaria de Administração Pública, enquadrou o Biomédico no Serviço Público Federal, aprovando as especificações de classe da categoria funcional, código MS-942 ou LT-NS-942.
            Em 1989, foram publicadas as Resoluções nº 19, 20, 21 e 22, do Conselho Federal de Biomedicina, criando os Conselhos Regionais de Biomedicina da Primeira, Segunda, Terceira e Quarta Região, respectivamente, tendo como objetivo atender os interesses da profissão e incrementar a supervisão e a fiscalização do exercício profissional em nível regional.




            Atualmente, as escolas de Biomedicina seguem as novas tendências educacionais, de acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Biomedicina, aprovadas no Parecer nº 104, de 13 de março de 2002, e consolidadas pela Resolução nº 2, de 18 de fevereiro de 2003, da Câmara de Educação Superior do Conselho Nacional de Educação.
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